Casa no Penhasco / GilBartolome Architects

Casa no Penhasco / GilBartolome Architects - Mais Imagens+ 13

Granada, Espanha
  • Arquitetos: GilBartolome Architects; GilBartolome Architects
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  210
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2015
  • Fotógrafo
    Fotografias:Jesus Granada
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  Lopez Soto, elZinc
  • Colaboradores: Alfonso Peralta, Fabián Andrés Lizarazo, Blanca Perez
  • Arquitetos Locais: Pablo Gil and Jaime Bartolomé
  • Topógrafo: Juan Diego Guarderas
  • Diretor De Projeto: Beatriz Moreno, Grupo S.C.O
  • Construtora Principal: José Manuel Jiménez, Hispánica de Morteros
  • Estrutura: Juan Rey , Mecanismo S.L. / Manuel Rojas, Elesdopa S.L
  • Movimento De Terra: Jose Santos , SITE
  • Deck Cobertura: Zacarías Timón, Cerrajería Salinero S.L.
  • Desenho De Interiores E Mobiliário: Pablo Gil and Jaime Bartolomé, GilBartolome Architects
  • Carpintaria E Fabricação Dos Móveis: Jorge Alcalde, S’Decor
  • Trabalhos Em Zinco: ElZinc, Asturiana de Laminados S.A
  • Fabricação De Recursos Especiais: Francisco Lajo
  • Arquitetos Responsáveis: Pablo Gil and Jaime Bartolomé, GilBartolome Architects
  • Cidade: Granada
  • País: Espanha
Mais informaçõesMenos informações
© Jesus Granada

Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta residência possui dois elementos complexos que foram economicamente viáveis graças a nova técnica: a cobertura, que utiliza um sistema estrutural inovador, feito pelo engenheiro Manuel Rojas, e que foi realizada com um sistema de formas artesanais muito eficiente de malhas metálicas deformáveis, fabricadas a um custo muito inferior a respeito das opções que usualmente são utilizadas na construção (madeira ou metal) e a cobertura de escamas de zinco, fabricada artesanalmente a partir de um material de bobinas fornecidas pela ASLA e colocadas sobre ripas, reduzindo o custo em comparação com os sistemas pré-fabricados que oferece a indústria de coberturas e instalações. 

© Jesus Granada

Desta forma, a fabricação dos móveis é completamente artesanal a partir de modelos digitais.

© Jesus Granada

Um belo edifício não precisa ser necessariamente caro.

As indústrias da construção e grandes empreendedores têm produzido edifícios de muito baixa qualidade e pouco valor agregado, criando uma cultura arquitetônica de baixa exigência e resignação por parte do usuário, instalando a ideia de que a arquitetura que nos rodeia é uma consequência inevitável do controle de custos e da profissionalização da construção. Esta casa demostra que outra construção é possível, e que o investidor e o usuário têm a possibilidade de obter um melhor produto. 

Corte

É uma questão de ideais, trabalho e compromisso entre o investidor, o arquiteto e o restante dos profissionais envolvidos na obra, que consideraram que a desafio valeria a pena e não hesitaram em fazer um esforço extra e participar criativamente na definição e execução dos trabalhos.

© Jesus Granada

Recuperar o artesanato e o trabalho profissional.

É comum considerar que a mão-de-obra e o trabalho artesão na edificação são coisas à se evitar porque aumentam os custos e são ineficientes. A indústria da construção nos diz que é melhor trabalhar com produtos e processos industrializados. Mas isto é um erro! Existem bons profissionais da construção, pedreiros, carpinteiros, ferreiros.... e de outras disciplinas próximas, como a construção naval, a aeronáutica, a mecânica e as artes cênicas, que podem prestar-nos um serviço excelente e a preços similares ou inclusive melhores do que os oferecidos pela indústria. 

© Jesus Granada

Esta residência desejava devolver a dignidade perdida à mão-de-obra, através de um projeto ambicioso que supunha um desafio profissional para todos, comprometendo-os com a cultura da qualidade e da excelência e oferecendo mais oportunidades de trabalho contra a indústria da construção, que tende a automatizar os processos.

© Jesus Granada

A moradia como um teatro doméstico.

A moradia se desenvolve em duas plantas, um grande salão no térreo, seguindo a ladeira da montanha, unido à um terraço em balanço com piscina, e uma segunda planta com as habitações que possuem grande vistas. A moradia está encaixada na inclinação e aproveita uma temperatura constante de 20 graus do subsolo durante todo o ano. Está coberta por uma lâmina curva de concreto armado sem apoios intermediários que brinca com a geometria do terreno e, que graças a escamas de zinco que a cobrem, produz uma calculada ambiguidade entre o natural e artificial. entre a pele de um dragão contorcendo-se que desde cima parece reproduzir a cor e a espuma do mar, e desde baixo, parece continuar a ladeira natural, mesmo com uma materialidade contrastante. Esta cobertura permite a criação de um grande teatro doméstico, uma planta baixa diáfana de 150 m2 que pode chegar a funcionar como um auditório para 70 pessoas, acolher grandes festas ou abrigar simultaneamente atividades de vários grupos de pessoas (tomar sol no terraço, comer junto ao jogo, fazer um churrasco, cozinhar, dormir ou ver um jogo).

© Jesus Granada

Uma caverna gaudiniana contemporânea: foco ambiental

Quanto ao rendimento energético, a casa se insere no solo e utilizamos para nosso benefício a temperatura constante da terra, 19,5°C durante todo o ano. Entre o interior e as paredes de retenção existe uma cavidade de ar de 40 cm que é utilizada para regular a quantidade de ar em temperatura constante que entra na casa, A câmara de ar é controlada de forma inteligente, com sensores, porém existe a opção da sua utilização manual quando for necessário. Outra característica importante é que a cobertura é uma placa de concreto de dupla curvatura, cada curva de concreto possui 7 cm e 40 de isolamento no meio, servindo como uma forma para o concreto da cobertura. Este método de construção barata permite uma magnífica mistura de isolamento e inércia térmica. Em consequência destas duas características, a casa não utilizada nenhum tipo de calefação ou resfriamento durante o ano.

Planta

A empresa de concreto encontra-se a menos de 10 km de distância e supõe uma grande redução das  emissões de carbono. 

© Jesus Granada

A casa no contexto da arquitetura na Espanha.

A indústria da construção e os grandes investidores que têm estado produzindo edifícios de má-qualidade e pouco valor agregado na últimas duas décadas na Espanha criaram uma cultura de baixa demanda e negação, a instalação na sociedade de uma ideia que a má arquitetura que nos rodeia é uma consequência necessária da nossa era. Esta casa mostra que outra construção é possível e que o investidor e o usuário têm a possibilidade de obter um melhor produto por um preço acessível. É uma questão de ideais, talento e compromisso entre todas as partes. 

Galeria do Projeto

Ver tudoMostrar menos
Sobre este escritório
Cita: "Casa no Penhasco / GilBartolome Architects" [The House on the Cliff / GilBartolome Architects] 08 Mai 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/786933/casa-do-penhasco-gilbartolome-architects> ISSN 0719-8906

¡Você seguiu sua primeira conta!

Você sabia?

Agora você receberá atualizações das contas que você segue! Siga seus autores, escritórios, usuários favoritos e personalize seu stream.